Depois do inesperado encontro não tenho pensado noutra coisa, que é tentar relembrar a sua (nova, para mim) imagem. Cara magra, cabelo curto e... bem, nem deu para reparar no seu perfil fisiológico com a devida atenção era mais ou menos assim que a imaginava aos 40? SIM. Além de ter satisfeito parte da minha curiosidade, fiquei quase com a certeza que não me reconheceu, pois é, após mais de 20 anos sem me ver (acho) não me reconheceria, CLARO! Dá-me vontade de rir de mim próprio quando penso na situação e ouvi o seu nome! Gostaria de ver e rever a minha cara, pois lembro-me de ter levantado a cabeça e fixar os olhos naquela mulher tentando perceber se era ELA! Não sei ao certo, mas acho até que fiquei de boca aberta, porque o coração, esse ficou aos PULOS.
O amor platónico ou amor ideia deve seu nome a Platão. Para ele o mundo real é apenas reflexo da ideia, não se realiza, é mais forte do que o amor materializado, possível, concreto. Esse tipo de amor, que se baseia no impossível, é comum na adolescência e envolve a mistificação do ser amado. Por ser difícil de se realizar, este é um sentimento desesperado, melancólico, solitário. Eu tenho um amor platónico, começou na adolescência e prolonga-se até hoje.